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Pedro Fagundes de Borba

Autor: Pedro Fagundes de Borba

Revolução mexicana: liberdade

28/1/2024 - Várzea Paulista - SP

     Um tema do qual não enjoo, do qual sempre verei aspectos importantes a se absorver e conhecer é a Revolução mexicana. Como a primeira revolução do século XX, num século marcado por várias, ela conseguiu dar um vislumbre, uma base do que seria esta revolução e organização social, tanto pela mobilização popular gerada quanto pela mudança governamental no país e os efeitos posteriores. Teve algumas limitações, muito se pode ser tirado dela para vários lados, mas foi certamente um grande movimento nacional que mudou o México e lhe colocou em uma posição diferente dos demais países da América Latina.

     A Revolução, que começou em 1910, surgiu como uma amálgama de fatores, sendo o principal deles o movimento antireeleição, liderado por Francisco Madero. O qual se opunha a mais uma reeleição do ditador Porfírio Diaz, que estava no poder desde 1884. Junto a esta pauta se juntou também algumas insatisfações de classe média, um pouco de vontade de mudança de alguns peões do norte que haviam enriquecido, junto até com algumas insatisfações americanas pela nacionalização de algumas linhas de trens no país. Somado também, como fator principal a uma forte insatisfação popular pela desigualdade e problemas sociais no qual o país estava metido, tendo uma forte concentração fundiária.

       Tendo o movimento antireeleição conquistado esta base política citada, foi para frente e conseguiu o poder após a rendição de Diaz pelo tratado de Ciudad Juarez. Madero, tendo eles como base, a fim de conseguir apoio, tinha feitos promessas a todos os grupos, especialmente os defensores da reforma agrária. Porém, o que realmente buscava ele e seu movimento era apenas impedir a reeleição. Era uma pauta política sem verdadeiro respaldo social. Tal distância foi sentido, trazendo rebeliões e instabilidades políticas ao cenário mexicano. Principalmente pelos defensores da Reforma Agrária, encabeçados no norte do país por Pancho Villa e no sul por Emiliano Zapata. Somado a revoltas de porfiristas, Madero caiu, sendo depois assassinado. Levando o porfirista Victoriano Huerta ao poder.  Que cairia pouco depois, por reação dos revolucionários com apoio dos Estados Unidos.

     Subiu então Venustiano Carranza, que tocaria o governo até mais para o final da década de 1910. Lidava com várias pressões, embora ainda fosse mais conservador, buscando mais mudanças nas institucionalidades políticas do que nas condições sociais. O governo ia por este caminho enquanto Villa, Zapata e seus exércitos buscavam a mudança efetiva, especialmente Reforma Agrária. Formulada por Zapata no plano de Ayala de 1911. Várias reuniões foram feitas para exercer tal pressão, resultando em pouco avanço governamental. Mais para frente, Zapata e Villa seriam assassinados, pelo que faziam.

    Com o andar do governo, diversas reformas políticas foram feitas. Muitas delas dizendo respeito a estruturas políticas e a maneira de governar. Em 1928, o partido se consolidaria no poder, ficando até 2000. Dando estabilidade ao país e um governo progressista que outros países latinos não tiveram. Além da Reforma agrária ter vindo nos anos 1930. Enquanto demais países sofriam com instabilidade, ditaduras e governos reacionários, México esteve a salvo disto, fortalecendo sua liberdade. A partir dos anos 1970 o partido se perdeu, mas deixou uma grande marca e legado, que mostra o poder de uma revolução.  

   

 
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