Autor: Pedro Fagundes de Borba
Talvez, depois de Jesus Cristo, o maior e mais importante cristão tenha sido Paulo de Tarso, o conhecido São Paulo. Ás vezes referido como o décimo terceiro apóstolo, por ter vivido próximo da época de Jesus embora não o tenha conhecido como os outros doze, mas foi o primeiro a escrever sobre ele e uma das figuras chave na história do cristianismo. Foi um dos primeiros pregadores da palavra, tendo espalhado para diversos cantos, além de ter-lhe dado importantes bases.
Nascido dentro da religião judaica, em um período em que as ideias cristãs estavam ainda bastante no começo. Nascido na península da Anatólia, onde hoje é a Turquia, durante o Império Romano, foi registrado como cidadão romano, tendo sido um dos que estavam sob a jurisdição romana. Chamava-se então Saulo. Era por um tempo um dedicado e devoto judeu, agindo dentro dos preceitos morais e jurídicos da época. De início caçava e perseguia cristãos, seguindo o que estava vigente em seu tempo, além de uma vívida consciência particular anticristã em seu começo.
Por assim foi durante parte da vida adulta, até ter sido mudado por uma visão. Indo de Jerusalém para Damasco, já perto da atual capital síria, viu e sentiu Cristo em sua intensidade. Estava a cavalo, caindo dele, ficando quase cego com a luz, mas ali percebendo o poder e a força de Jesus. Tal impacto o mudou profundamente, o fazendo ir para outro lado do que pensava se tornando um dos mais fortes seguidores de Cristo. A partir daí passa a se chamar Paulo.
Levou a palavra para vários pontos da Europa, Oriente Médio e África, se tornando conhecido. O que ocorreu no fim de sua vida não é sabido ao certo. A versão mais difundida diz respeito que teria sido capturado pelos romanos, por espalhar uma palavra então inimiga ao Império. E teria então sido levada a Roma, julgado e decapitado. Nenhuma outra versão dá um bom final para Paulo. Seu fim foi essencialmente trágico.
A importância dele se dá principalmente por ter trazido algumas ideias caras a moral e as ideias ainda presentes no mundo. Especialmente sua frase: “Tudo me é lícito, mas nem tudo convém”. Que é de todas as frases, a melhor definição moral da postura de Deus e do humano, pois o primeiro nada impede, cabendo ao homem fazer o que puder, caso convier. Tudo é lícito, porque tudo é possível fazer, o bom e o ruim. Porém, nem tudo convém, devendo ser sábio e conhecido para se separar os dois. A noção paulina sobre esta moralidade, entre outras coisas lhe garantiu tão grande local. Além de combinar o conhecimento com a força necessária, sendo normalmente representado com um livro e uma espada. Foi, entre todos os santos, um dos que melhor soube conhecer os ensinamentos e saberes de Jesus Cristo, aliado com uma forte consciência e atenção para o que via. Assim continua sendo alguém que nos faz ver o que é lícito e o que convém.