Autor: Pedro Fagundes de Borba
Um dos principais nomes da revolução mexicana, Francisco I.Madero, foi um profundo espírita. Oriundo de uma das famílias mais ricas do México estudara nos EUA e França. Junto com algumas revistas, no segundo país desenvolveu uma forte ligação com a doutrina, se tornando um grande defensor da mesma, tendo visitado o túmulo de Kardec e se vendo quase como seu sucessor natural. Mais tarde, de volta ao México, tornou-se um defensor das causas e da justiça social, fazendo oposição à ditadura de Porfírio Diaz, que governava o país fazia mais de duas décadas.
Estava na linha reformista de Venustiano Carranza, que defendia manutenção e reformas para o estado, para que se tornasse mais democrático e mais justo socialmente. Enquanto Emiliano Zapata e Pancho Villa defendiam ações diretas contra o estado, para que se tornasse outro. Madero usava a questão espírita como elemento atuante em sua força e decisões políticas, sendo um ponto central para coordenar melhor a sociedade e os espíritos que nela vivem. Foi o primeiro a se opor contra a reeleição de Porfírio, principal motor inicial da Revolução Mexicana.
Após a tomada de algumas cidades, Porfírio Diaz percebe que não conseguirá ganhar, e foge para Paris, renunciando ao poder. Madero se torna então o primeiro presidente mexicano após o começo da revolução, ajudando a promover seus projetos sociais. É então assassinado pelo porfirista Victoriano Huerta, que toma o poder e fica até ser também deposto.
A questão espírita sendo algo importante para Madero se mostra algo bastante real e relevante, mesmo hoje em dia. A maneira, o espírito, a disposição e a atenção que o político mexicano colocara na doutrina, a tendo como um ponto a se seguir, nos reflete a força e o valor dela, como pode ser algo que ajuda a dar força e lutar por justiça e melhora social. Num mundo que parece se desiludir e odiar cada vez mais a política, e não ver nela algo significativo para o embasamento da utopia sonhada, a doutrina espírita se volta para seus grandes adeptos, para ver neles sua força, seus espíritos e como isso diz aos nossos dias. Madero continua sendo alguém que inspira o espiritismo atual, pelo que fez e pelo que seu espírito queria ao México.