Autor: Pedro Fagundes de Borba
Embora não se possam igualar os dogmas e sabedorias religiosas com as investigações científicas, muita coisa fica incompleta quando analisada apenas cientificamente ou só através do pensamento ou método científico. Se, por um lado, aquilo que é percebido cientificamente é real, desde que bem estudado, não significa estar tudo explicado. Este ponto já é bastante antigo, mas do século XIX e desde então o cientificismo ganha nova forma e configura muito do pensamento e das formas atuais.
Mais do que antes, a partir do período citado, se tem mais forte o cientificismo, negando a existência daquilo não científico. Isso faz com que muitos pensamentos fiquem limitados e, especialmente, incapazes de perceber muitas coisas. Neste ponto, vemos um dos grandes problemas dos ateus cientificistas. Nem todos os cientistas são ateus, alguns dos maiores da história não eram, mas os que são ficam distantes de coisas importantes do mundo.
Por muitas vezes se critica que os religiosos não conseguem ver a realidade, pois se fecham em dogmas. Dogmas em si são especialmente coisas muitas complexas ou profundas para serem desfeitas ou desmentidas facilmente. Então teriam verdades ou ideias muito complexas ali. Mas, no sentido atribuído, também significa uma incapacidade de ver ou de saber algo por estarem preso as ideias. O ateísmo, muitas vezes embasado num cientificismo, faz isso, não vendo complexidades além daquilo que o método científico mostra.
Logo, com tudo isso, a ciência tem seu valor enquanto aquilo que estuda a realidade, as criações da Inteligência Suprema. Por estar registrando e analisando o que vê, percebe pontos importantes. Mas não tem alma, não vai além. Fica refém de ideias incapazes de explicar a complexidade de tudo. Porque os dogmas científicos não conseguem ver que há mais do que método científico, levando a ficar apenas no que ciências naturais demonstram. Ver o espiritismo com seu tripé, que levará a novas visões.