Autor: Pedro Fagundes de Borba
Dentre os diversos gêneros da literatura alguns tem um sucesso muito grande, uma popularidade enorme. Em parte, talvez, se deva ao que consegue comunicar ao público, gerar algo que este gosta, ou entende e identifica naquela obra. Podem ser citados os romances românticos, os romances de fantasia e as histórias policiais, detetivescas. Todos eles possuem boa vendagem, e muitos fãs. São nichos, formatos e gêneros muito consolidados, estando sempre chamando a atenção e cativando. Seja na literatura ou cinema.
Dando destaque ao gênero policial, é interessante colocá-lo e dar suas características e seu valor. Porque se trata da questão investigativa, uma história focada na solução de um crime. Crime esse que sempre é cometido por um dos personagens, o qual é revelado no final. Ao longo da história vão sendo apresentado suspeitos e ideias que se relacionam com o crime, fornecendo pistas e fazendo comentários a respeito dos personagens e situações apresentadas.
Nisto vai se criando o envolvimento do leitor com a trama e os personagens, sempre realçado por aquilo que pode ser deduzido dos personagens. E, no final, normalmente se busca surpreender, dando a culpa para um suspeito improvável. Mas que faz um grande sentido, melhorando a trama e o desenrolar. Um entretenimento ótimo, já que faz o leitor ficar curioso, querendo saber. E normalmente é agradável, dando bons momentos a quem lê, com gosto o universo literário criado.
O primeiro personagem do gênero foi Auguste Dupin, criado pelo americano Edgar Allan Poe. No entanto, quem realmente consolidou o gênero foi o britânico Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes. Baseado, entre outras coisas, nos princípios espiritualistas. Viria ainda Agatha Christie, que consolidou as tramas e os círculos de suspeitos, com histórias insuperáveis, criadora de Hercule Poirot e Miss Marple. Viriam ainda outros autores e personagens. Como Padre Brown de G K Chesterton, Philip Marlowe de Raymond Chandler, Jules Maigret de George Simenon e Arsene Lupin de Maurice Leblanc. Todos conseguiram enriquecer muito o gênero, o consolidando cada vez mais.
Apesar de ainda ser extremamente popular, faz bastante tempo que não surge um grande detetive novo. Agatha Christie e Conan Doyle seguem interessando, vendendo muito e rendendo filmes e séries. Mas nenhum personagem novo vem, há bastante tempo. Para manter o gênero consolidado e forte, algum contemporâneo precisaria vir com o novo, dar novas características. Manter vivas as histórias e mostrar as coisas detetivescas da contemporaneidade. Dá pra investigar e fazer muita coisa ainda.