Autor: Pedro Fagundes de Borba
Esse santo é uma curiosa figura, de uma comunidade pouco conhecida. São os maronitas. Um grupo cristão do Líbano, país do oriente médio. Quando se fala na região, normalmente se pensa em islamismo, e de fato esta é a religião lá predominante. Porém há outras, incluindo grupos cristãos. Os libaneses, no caso, são metade cristã e metade muçulmana. É o local onde surgem as maiores religiões do mundo, pelo menos atualmente. Ou seja, cristianismo, judaísmo e islamismo.
Embora não sejam, atualmente, maioria, em nenhum país da região, os cristãos ainda são em número considerável por lá. Apesar de, em números absolutos, haver mais no Egito e na Síria, proporcionalmente, é o Líbano o país onde há mais deles. Nele, cerca de 40% da população é maronita, a vertente predominante. Nos outros dois países, correspondem a cerca de 10% da população. E a questão cultural, e até mesmo social libanesa é bastante influenciada por isso.
Os maronitas são uma vertente baseada em São Maron, monge local do século V que fundou a vertente, a qual nunca deixou de existir, e sempre esteve pelo monte Líbano e arredores. Posteriormente, foi canonizado pela igreja católica. São Charbel, por sua vez, é um santo do século XIX. Nasceu em 1828 e morreu em 1898. Foi batizado sob o nome Youssef, versão árabe de José. Quando se tornou efetivamente um religioso, em mosteiros do país, adotou o nome Charbel, cristão do século II. Passou boa parte da vida em retiro religioso, nos monastérios. Possuía uma caridade e bondade bastante contagiosa, tendo grande devoção a Virgem Maria.
Viria a falecer na véspera de natal de 1898, após forte paralisia. O corpo, por sua vez, ficou intacto muito tempo, quase não apodrecendo. É considerado um taumaturgo, alguém capaz de operar milagres. Teve fortalecido quando, ao longo do tempo, pessoas visitavam seu túmulo e alguns aconteciam. Algumas voltavam até mesmo enxergar e caminhar. Em Annaya, cidade onde viveu grande parte de seu retiro, até hoje é muito visitada por causa disso.
Espiritualmente, por tudo que fez e representa, é uma grande alma, bastante forte. Sua força e dedicação se mostram ainda muito fortes, fazendo magnetismos de grande amplitude e valor para quem vê. Seus milagres são a mostra disso, pelo que fez. É um santo maronita, igreja ortodoxa, mas em comunhão com a católica, de extraordinárias características. Para quem o vê, é além de ponte entre ocidente e oriente alguém dedicado e firme. Mostra seu valor e a conexão divina que teve. Ainda pouco conhecido, tem conquistado mais devotos e admiradores. Ao fim, tem uma grande maneira de se perceber, entender e melhorar. Taumaturgo, sua força ultrapassa lugares, tornando-o forte. Um representante do cristianismo oriental.