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Pedro Fagundes de Borba

Autor: Pedro Fagundes de Borba

Invasão da Rússia na Ucrânia

27/2/2022 - Várzea Paulista - SP

        Após alguns meses de tensões, a guerra pode ter começado. Em 24 de fevereiro de 2022, tropas russas avançaram sobre território ucraniano, gerando vários vídeos e imagens dos acontecimentos. São imagens e fatos muitos fortes, de uma situação terrível, lamentável e desumano. A guerra continua existindo, esta forma estúpida ainda é real entre as forças mundiais. Certamente, assim acontece pelo ser humano não ter superado suas questões de violência, belicismo e militarismo. E, em cada evento, ganha tensões, conflitos e formas próprias.

        Como o antigo coração da extinta União Soviética, a Rússia preserva ainda muita força e influência em várias regiões do mundo. Porém, com orientações político-econômicas distintas. Antigamente, era o principal pólo socialista do mundo, criado em 1917, após uma revolução. Atualmente, se tornou um país capitalista, usando de passos e estruturas capitalistas, assim organizado o país. Simbioticamente, junto a tudo isso, se juntam várias outras características e questões. Uma delas é a questão da nacionalidade, e do nacionalismo, ucraniana. Dentro do território, há forte divisão por causa disto. Ambos têm origens em comum, mas uma parcela de ucranianos se considera e se declara diferente dos russos. Ao longo dos séculos os territórios estiveram juntos, se separando na queda soviética, em 1991.

       Desde então, as tensões na região estiveram presente. Tanto pela força muito maior dos russos quanto pelos ucranianos pró-rússia foi gerando tensões de espaço e geografia. Em 2014, com a anexação da península da Crimeia pela Rússia, a tensão só aumentou. Uma guerra civil na Ucrânia vinha acontecendo entre os defensores da unidade ucraniana e os defensores da ideia russa, os últimos vivendo mais ao leste do país. Ainda há a questão da OTAN, entidade do qual a Ucrânia tem interesse em fazer parte, o que contraria a Rússia. Isso ocorre, em grande parte, porque a OTAN foi fundada para impedir o avanço comunista, isolar a União Soviética.

        Por mais que os tempos e a geopolítica seja outra atualmente, esta origem, a questão anti-soviética foi transferida para a Rússia atual, que é capitalista. Um dos acordos da organização era de não avançar ao leste europeu, a qual foi descumprida. A Rússia mantém ainda forte influência econômica e política em várias regiões da Europa oriental. Com as tensões da anexação da Crimeia, fortemente pró-Rússia, junto com algumas farpas com a OTAN e o não reconhecimento ucraniano, o governo russo começou sua invasão na Ucrânia.

         Desde então, os episódios violentos não param. Vladimir Putin faz ataques numa proporção e violência muito altas. Alguns ataques a lugares civis. Avançou a Kiev, cidade evacuada.  Faz isso após reconhecer duas repúblicas rebelde pró-Rússia. O presidente ucraniano Zelenski tem mostrado resistência. Pensou em negociar, mas agora tenta avançar mais. OTAN não quer pôr tropas, mas alguns países membros pensam em enviar ajuda a Ucrânia. Putin não é confiável e nem a OTAN. Ele tem interesses e formas capitalistas, buscando preservar influência, mantendo alguns negócios e relações. Enquanto a organização busca maiores cercos a Rússia, como foi fundada, isolando sua economia. Até então, fazem sanções a Putin. Que não funcionam tanto pela venda de gás que os russos fazem, bem como as relações comerciais que tem com o ocidente. E também serem os maiores parceiros comerciais da própria Ucrânia. Que não escale ainda mais a violência e o conflito. E a paz chegue logo. Pois são os civis e os pobres, principalmente de baixa patente, que morrem em conflitos bélicos. Os organizadores ficam longe e protegidos.

 

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