COLUNISTAS
Autor: Pedro Fagundes de Borba
De vacinas e CPIS
6/6/2021 - Várzea Paulista - SP
Tendo ocorrido uma forte negligência governamental para com a questão das vacinas, representadas, sobretudo, na figura e atitudes do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil ficou atrasado no processo de recebimento e vacinação. Quando as vacinas começaram a surgir de maneira mais sólida, tendo sido feitas num tempo bastante rápido considerando a gravidade da doença, os países passaram a comprar, sobretudo as produzidas pela Sinovac, Pfizer e Gamaleya.
Neste tipo de quadro, temos duas divisões principais, os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos. Os primeiros, devido à maior força e influência, conseguiram adquirir melhor e maiores quantidades, tendo mais força neste processo. Sendo o Brasil um país subdesenvolvido no sistema capitalista, aliado com um presidente e equipe que não reconhecem e buscam tal importância na vacina, ficou para trás na oportunidade.
Ainda que a estrutura social e econômica brasileira, junto com sua posição fraca na organização geopolítica, tenha reverberado fortemente na questão final para tal situação, a posição do governo e sua equipe foi muito ineficiente. Agindo com pouca força e engajamento no momento de adquirir, se atrasou o processo em território nacional, criando alguns dos mais graves e mortais momentos pandêmicos entre Março e Maio de 2021.
Desde então, se criou uma CPI para avaliar o desempenho e atitudes do governo brasileiro no momento de negligência nacional para com a questão, algo importante e que já deu diversos momentos de falas e mostras de antigo negacionismo, com figuras marcantes. Tal CPI demonstra uma ação do governo para levantar esta questão, sendo assim, pelo menos, marcar como algo, trazer julgamento para as ações, ainda que não ocorra da maneira como deveria. Agora com o Brasil se recuperando neste atraso, EUA fazendo grande distribuição devido a sua estrutura e condição, consegue ver as situações deste modo, criando condutas e se mostrando como estado.