Autor: Pedro Fagundes de Borba
Sendo algo de percepções já antigas, sempre associadas com a manifestação das pessoas como espíritos, ou a presença destes, muito se viu e se especulou a partir disto, várias maneiras e formas detectando a presença e jeitos destes. Os fenômenos eram vistos e, possivelmente, de alguma maneira, sentidos, mas faltava uma maior apuração, algo que melhor identificasse, tornasse possível seu entender, além de suas relações com Deus e o universo.
Como o mundo, apesar de racional e lógico, é também tomado por fenômenos, formas e ideias desconhecidas, faz-se notar a insuficiência do método científico para entendimento completo e total da realidade. Para isto há Deus, a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, que sintetiza e explica o mundo, isto é, demonstra sua existência através de manifestações sutis tanto em nossos espíritos e almas quando na constituição do mundo e suas formas, demonstrando sua onipotência, onipresença e onisciência.
No século XIX, Hypollite Léon Denizard Rivail, pedagogo francês, católico que se tornara cético, vendo a insuficiência e limitações do ceticismo, foi gradualmente percebendo Deus e os espíritos. Vendo esta presença, estudando a Bíblia e fazendo suas apurações, além de participar das mesas giratórias, viu a existência destes e a presença divina existente ali. Com o pseudônimo de Allan Kardec, em formas ainda precisando ser melhor esclarecidas, registrou as bases destas descobertas, formando a base do espiritismo e seus pensamentos.
Ao final, se tem o espiritismo como uma das formas de aprimoramento e aprofundar dos conhecimentos e a maneira como os pontos e insuficiências científicas se colocam, associados com os textos bíblicos, principalmente os evangelhos, que trazem suas forças e ensinamentos caracterizando o conhecer teológico, pontos possíveis e fontes de ideias. Allan Kardec, ou Hypollite, estudou e trouxe estes primeiros conheceres, sendo assim professor e codificador da doutrina.