Autor: Pedro Fagundes de Borba
Se baseando no positivismo de Comte, Émile Durkheim, em sua formulação sociológica, usa a base do filosofo, acrescentando aspectos ligados ao ser, ao existir, rompendo com o mecanicismo e as limitações filosóficas de seu antecessor. Mantém a ideia da sociedade com algo orgânico, algo formado em si próprio, reunindo uma série de características profundamente suas em si mesmas. Com tais formas, a sociedade transfere aos indivíduos suas características, formulando-os e formando as bases de suas vidas.
Ao contrário de Comte, entretanto, vê o indivíduo como algo real, próprio, existente. Em parte um produto da sociedade, mas também algo em si, com características pessoais. Neste sentido, Durkheim vê o indivíduo como um ser que se forma entre os fatos sociais, sendo marcado e formado por estes, e suas características pessoais também.
Para pensar sobre os fatos sociais, e de que maneira existem e estão presentes, fazem-se necessário entender suas bases, ou seja, como se manifestam e que partes da sociedade são. São intrínsecos a sociedade de três maneiras: ou constituem forma jurídica, sendo algo punível se contrariado; ou fazem parte de aprovação social, ou seja, o que é socialmente aceito; e finalmente, se é praticável, viável na sociedade, exemplo, para desenvolver uma empresa, faz-se necessário usar os métodos e formas do período em que se vive, se condenando a falência caso não.
Ligados a eles, de maneira tanto por obrigação social quanto por identidade, os indivíduos vivem nesta sociedade, sendo a partir deles. Estes fatos, por serem parte vital da sociedade em que se encontram, fazem a vida ter aquela forma. A moral, leis, cultura, hábitos e relações são fatos sociais, no sentido de constituírem parte social vital, real. Estudando tais aspectos, tem-se a visão básica da sociedade e suas estruturas de relações sociais.