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Augusto Branco

Autor: Augusto Branco

Seu Zé e o Mundo Modernizado - Luis Pinto Ribeiro

27/7/2013 - Várzea Paulista - SP

Seu Zé que sempre é cuidadoso com as palavras, a cada dia que passa se diz apreensivo com as mudanças de tudo que ocorre neste mundo modernizado.

Fala que a menos de meio século a vida pacata que vivia era cômoda e bela no seu vasto sertão.

No sertão a vida pacata, cômoda, bela, local onde as pessoas deixavam de completar os ciclos de vida, sem saber o que era estresse, depressão, e correria para aumentar o acúmulo de riquezas naquele mundo também moderno a gosto dos cidadãos.

Palavras como ganância e desigualdade social nunca se ouvia no seu vasto sertão, que abrigava famílias inteiras, e em comunidade sempre compartilhavam o pão.

Mas, o tempo vai passando, e o sertão junto se transforma.

Os sertões agora são locais onde muitas pessoas passaram a se concentrar em comunidades chamadas de cidades.

É nestas comunidades cidades que famílias de desconhecidos passaram a se abrigar  em busca de um novo mundo mais modernizado.

Os desconhecidos agora são milhares, milhões, bilhões, com o coração de riqueza, onde poucos compartilham o pão, e em nome da modernidade avançam em todos os campos pra ajudar a modernizar o restante do sertão.

Seu Zé agora acredita que a modernidade contribui para:

Exterminar etnias, culturas, e escravizar os povos.

Acelerar a destruição da fauna e flora.

Transformar nações em guerras em nome do acúmulo de mais riquezas.

Globalizar as riquezas, e não globalizar a pobreza.

Produção de alimentos, e não a divisão do pão com quem passa fome.

Crescimento dos domínios científicos, e não democratização dos saberes em sua ampla aplicação.

Seu Zé ainda não entende como os homens buscam através da modernidade descobrir vidas em outros planetas, e se esquecem de preservar vidas dos muitos sertões do seu próprio planeta. 

 

- Luis Ribeiro -

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