Autor: Augusto Branco
Olhar ela ninguém conseguia entender,
Como o tempo havia passado
E poupado seu formato irreverente,
Capaz de esconder
Histórias de tenacidade do amor,
Em chão batido escondia seu interior,
Coberto com manto preto originário
Da constância com uso habitual do fogo,
Para propiciar o aconchego
Do amor entre humanos, ali em ritual,
Seu sorriso
Era avassalador, hospitaleiro, acolhedor!
E sem reclamar,
Cedia seu coração como abrigo
Para pessoa simples do lugar,
Não ligava com seu espaço pequeno
Em plena luz do dia ou da noite como breu,
Reproduzia em seu sorriso o anélito do vento,
Onde todos podiam exalar o aroma do amor,
Vivenda que um dia o camponês Chico
E a bela Malvina se lambuzaram de amor,
Seus sussurros eram tantos
Que encobriram o tempo da vida do Chico,
Que morreu após consumar o amor.
- Luis Ribeiro -