COLUNISTAS

Autor: Augusto Branco

MARIA CONCEIÇÃO OLIVEIRA LIMA: O Canto dos Rouxinóis

22/4/2012 - Várzea Paulista - SP

Você é uma autora espírita que psicografa suas obras. De certo modo, podemos dizer que todo livro psicografado é, antes de tudo, um aprendizado para o próprio médium. Qual foi teu principal aprendizado com O Canto dos Rouxinóis? Entre muitas coisas que o livro nos esclarece acerca da Doutrina Espírita, o que mais me fez refletir foram as quatro Etapas Reencarnatórias pelas quais passamos para atingirmos evolução plena. 

Para quem escreve uma obra psicografada existe um envolvimento maior da parte do escritor porque transcende o nível mental e emocional e chega ao espiritual. Foi difícil pra você escrever este livro? Sim, psicografar essa obra foi um grande desafio para mim. Ela teve uma pausa de seis meses durante sua elaboração tendo em vista minha identificação emocional com o sofrimento de um dos personagens em uma de suas encarnações, fato esse que fez com que a mesma demorasse em torno de três anos para ser concluída. Então, além de exercitar minha disciplina interior para o não envolvimento com o sofrimento dos personagens, o maior de todos os desafios foi estudar a própria obra visando aprimorar meus conhecimentos nos temas abordados, sobretudo na identificação da Fase Reencarnatória em que estou com o propósito de melhor conduzi-la. 

Há alguma relação ou influência de teu livro anterior, Perfume de Jasmim, e de tuas demais publicações nesta obra? Minha produção literária anterior influenciou na medida em que foram experiências que me trouxeram melhor compreensão das responsabilidades oriundas das práticas mediúnicas e maturidade como escritora. 

Podemos pontuar que O Canto dos Rouxinóis foi, então, a tua obra mais difícil de realizar, mas ela foi também a que mais te envolveu emocionalmente? Toda obra, de certa forma, tem o envolvimento do autor, mas em Perfume de Jasmim, embora não tenha havido a mesma identificação que ocorreu em O Canto dos Rouxinóis, eu fiquei totalmente envolvida pela leveza e romantismo de sua história. 

E o espírito Saulo nos presenteará com novas histórias? Sem dúvida alguma, porém antes de iniciarmos um novo trabalho, estou preparando um livro com psicografias de espíritos diversos que coordenam o Grupo de Estudos Mediúnicos do qual sou orientadora. Essa obra estará disponível em alguns meses e trata-se de lições que são passadas ao grupo e as quais nos auxiliam a melhor conduzir nossas ações no cotidiano. 

Costuma-se dizer que se o conhecimento de algo chega até você é porque você está preparado para conhecê-lo e, provavelmente, precisa aprofundar-se em suas águas. Qual mensagem você deixa para aqueles que ainda não leram o livro? Primeiro a importância da fé num Ser Superior, independente da denominação que se dê a ele. Em segundo a esperança de que todo o sofrimento pelo qual passamos em alguma etapa de nossas vidas sempre tem o propósito de nos aprimorar como seres humanos e, sobretudo, nos fazer merecedores das bênçãos vindouras. Esse livro deixa como mensagem e exemplo de conduta a ser seguido: A perseverança no caminho do seu bem estar, da sua evolução espiritual e, sobretudo do perdão e respeito ao livre arbítrio alheio.