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Augusto Branco

Autor: Augusto Branco

JAKES LANO: Os mundos que o Pequeno Príncipe não conheceu.

14/3/2012 - Várzea Paulista - SP

 

Tudo em Jakes Lano parece ser inusitado. Além de ter uma trajetória de vida um tanto quanto cigana, é um Tecnólogo em Redes de Computadores apaixonado por arte... Na verdade, eu me vejo como um jovem como qualquer outro - só me diferencio um pouco daqueles que não gostam de ler, escrever, pintar ou criar; eu geralmente digo que a arte me entorpece: ela é como uma droga do bem para mim! Acho também que fui beneficiado pela própria genética, pois sou filho de um escritor e poeta paraibano: Jerônimo G. de Caldas. Meu pai é o exemplar perfeito daquela raça quase extinta dos "escritores-errantes", ele sustenta a nossa casa até hoje vendendo os seus próprios livros; livros estes quase manufaturados, 15 obras produzidas a base de muito suor e coragem; sou grato a ele por tudo isso. E, sim, sou graduado em TI (Tecnologia em redes de computadores), mas quando moleque tive o sonho de me tornar paleontólogo... Talvez algum dia eu ainda ponha um chapéu na cabeça, pegue uns pincéis e uns martelos e vá caçar alguns "ossos" de dinossauro por aí. Também sou amante das artes plásticas, principalmente a pintura sobre tela; costumo pintar quadros surrealistas, que é a escola artística que mais me chama a atenção... Um salve a Dali! E também gosto de pintura digital, de ficção-científica, pixels, bits e relógios de bolso... (risos do entrevistador).

E de onde veio a idéia de escrever um livro falando sobre os mundos que o Pequeno Príncipe não conheceu? Quando eu li O Pequeno Príncipe e simplesmente não consegui dormir depois de sua leitura! As imagens mentais provindas do livro me encheram a cabeça e naquela madrugada eu não preguei os olhos sequer um minuto... Como queria escrever um livro para uma pessoa que amo muito (quem ler o livro vai saber quem é ela!), resolvi pegar a estória de Exupéry emprestada como plano de fundo. A composição final casou-se muito bem e eu então resolvi transformar ela em uma forma em que todos poderiam se identificar também; o que começou como uma carta de amor, logo terminou como um projeto comercial! (risos)

É um tanto quanto ousado um escritor pisar no “território sagrado" do grande escritor Saint-Exupérry. Você não tem receio de críticas destrutivas ao seu trabalho? Claro que interagir dentro de um mundo criado por um autor tão aclamado mundialmente requer certa responsabilidade, mas eu apenas me importei em ampliar ainda mais o universo de O Pequeno Príncipe, pois não ousei denegrir as criações originais; só quis mostrar aqueles "mundinhos" escondidos que o garotinho do asteróide B-612, provavelmente, não teve oportunidade de visitar! Eu me senti à vontade, a obra de Saint-Exupéry é ao mesmo tempo simples e infinitamente profunda... Foi essa magia que me convidou a ampliá-la.

Você é um escritor bastante jovem, ousado e criativo. Qual o recado que você daria aos novos escritores como você? Primeiramente eu diria que não tenham medo. Ponham para fora aquilo que vocês querem dizer, escrevam aquilo que vocês não conseguem ler ou encontrar em mais nenhum livro na face da terra. Criem novos mundos, misturem os eventos históricos desta terra com algumas pitadas de ficção e humor; saibam aproveitar os "toques" dados de graça pela vida, transformem aquele simples bocejar da manhã numa nova idéia que será usada de tarde... E por último: escrevam, leiam, escrevam, leiam e assim sucessivamente.

Você tem algum outro projeto para 2012? Com certeza; tem uma obra saindo do forno! É um livro que preparo desde 2008, entretanto comecei escrevê-lo em 2010; é uma ficção-fantástica bem mais madura, para um público mais velho (jovens e adultos). Desejo finalizá-lo com umas 450 páginas, já estou bem perto disso... Aguardem meus amigos!

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